Por

João Dantas

Vítimas pedem à PF a inserção de Fernando Cunha Lima em lista da Interpol

A defesa das vítimas do médico Fernando Cunha Lima solicitou, nesta terça-feira (12), à Polícia Federal a inserção do nome do pediatra na Linha de Difusão Vermelha da Interpol. Na lista, estão os suspeitos que são procurados internacionalmente.

De acordo com o advogado Bruno Girão, a fuga de Fernando Cunha Lima para o exterior é uma hipótese e essa ação possibilitaria que ele fosse preso fora do Brasil.

“Nós não descartamos nenhuma possibilidade, inclusive porque diante do cumprimento dessa delegada, ele já teria fugido. Ele é foragido muito antes do cumprimento do mandato, ou seja, muito antes da decretação da prisão. Então é possível sim, inclusive pelo poder econômico e a influência política que a família e o réu teriam. Então temos sim que analisar e estudar a possibilidade dele ter saído do país”, afirmou Girão.

O pedido foi encaminhado para a Polícia e deve ser analisado pela Justiça.

Entenda o caso

O pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de estupro durante consultas em João Pessoa, continua foragido da Justiça há uma semana – quando teve sua prisão decretada pela Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), na última terça-feira (5). Ele foi incluído na lista de Procurados da Polícia Civil da Paraíba.

O médico foi denunciado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por estupro e abuso sexual de crianças.

De acordo com a Polícia Civil, ele é considerado foragido até o cumprimento do mandado de prisão ou até ele se apresentar espontaneamente.

O Portal MaisPB tentou contato com a defesa do pediatra, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.

A prisão

A prisão preventiva de Fernando Cunha Lima foi decretada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, com decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator do processo. O magistrado destacou que o médico utilizava da confiança dos pacientes e familiares para cometer os crimes e que a sua liberdade representaria risco à ordem pública.

Vital rejeitou a alegação de que a idade avançada do acusado seria um fator para que ele pudesse responder ao processo em liberdade, afirmando que “a idade não é carta branca para estar imune diante da lei”.

A Justiça também determinou buscas e apreensão de computadores, celular, documentos do consultório do médico e quebra do sigilo telemático.

Cariri In Foco
com MaisPB

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