A dupla Iguinho e Lulinha anunciou, nos últimos dias, a gravação da música Cheiro da Casca da Madeira. O anúncio gerou uma grande polêmica no mundo do forró, isso porque, a dupla, natural de Canindé de São Francisco, Sergipe, atribuiu a autoria da canção a Joãozinho Aboiador, artista de Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco.
No entanto, essa informação gerou grande repercussão, especialmente entre os moradores de Camalaú, no Cariri paraibano, que reivindicam a correção dos créditos.
Isso porque, segundo relatos da população local e de músicos da região, a verdadeira autoria da letra pertence ao poeta Manuel Nicolau, natural de Camalaú, falecido em 2018. Joãozinho Aboiador, por sua vez, foi o responsável pela melodia da canção, que originalmente se chama Vaqueiro Nordestino.
A indignação aumentou nas redes sociais, onde diversos moradores da cidade paraibana passaram a cobrar uma retratação de Iguinho e Lulinha. Entre as vozes que se manifestaram está o prefeito de Camalaú, que também é cantor do grupo Forró Gente Boa. A banda já havia gravado a canção três vezes, incluindo uma versão em 2003, mantendo o nome original e atribuindo corretamente a autoria da letra a Manuel Nicolau.
Além disso, registros históricos confirmam que Joãozinho Aboiador, ao gravar Vaqueiro Nordestino, mencionou Manuel Nicolau como autor da letra na capa do CD. Isso reforça a reivindicação dos camalauenses de que os créditos da obra sejam devidamente reconhecidos.
Até o momento, a dupla Iguinho e Lulinha não se manifestou sobre o caso. Enquanto isso, a mobilização continua nas redes sociais, com fãs e conterrâneos do poeta Manuel Nicolau exigindo que a autoria da letra seja corretamente atribuída.
CARIRI IN FOCO
Com Blog do Bruno Lira