Aconteceu nesta quinta-feira (7) a segunda audiência de instrução de Eliane Nunes, acusada de matar a própria filha, de apenas 1 ano, em 26 de outubro do ano passado, em um condomínio residencial no bairro Ernesto Geisel, em João Pessoa. A audiência contou com interrogatório de Eliane Nunes e também com depoimentos de familiares e do ex-companheiro dela, pai da vítima.
O Ministério Público quer que Eliane Nunes seja levada a júri popular. Em entrevista ao programa O Povo na TV, da TV Tambaú, o advogado de defesa, Jardiel Nunes, disse que não se opõe ao pedido.
“A única coisa que pleiteamos foi a exclusão da qualificadora de motivo torpe, pois entendemos que não existem provas de que Eliane matou a filha para se vingar do ex-companheiro. Também argumentamos que não há razão para a Justiça mantê-la presa enquanto aguarda julgamento”, disse.
A expectativa é de que a Justiça decida nos próximos 15 dias se Eliane Nunes irá mesmo a júri popular. Depois dessa decisão, haverá um prazo para defesa e Ministério Público informarem a lista de testemunhas que serão convocadas e quais as provas serão produzidas e apresentadas ao júri.
Segundo o advogado Jardiel Oliveira, a defesa não pretende isentar a acusada da responsabilização criminal pelo ato cometido. “Nada justifica [o crime], mas o motivo precisa ser analisado”, disse. A defesa pediu perícia no celular de Eliane Nunes e deve utilizar o registro de conversas da acusada com o ex-companheiro na argumentação durante o julgamento.